quarta-feira, 24 de junho de 2009

OMFG uma actualização =O

quarta-feira, 24 de junho de 2009
Yap este deve ter sido este o vosso pensamento quando se aperceberem que este espectacular (ou não...) blog foi finalmente actualizado xD



Mas pronto toda a gente sabe os motivos desta tão demorada ausência... A XÂRDALE dos exames =@



Mas vamos esquecer essa horrível e traumática experiência e vamos passar as Cartas para ninguém (que também podem ser bastante traumáticas se pensarmos na sua baixa qualidade -.-)




Três coisas que quero dizer sobre a carta que vou postar:

- Demorei imenso tempo a acertar com a ideia original desta carta (tanto tempo que no final esta nem é a ideia original)

- Quando a acabei de escrever adorei-a

- Agora acho que realmente não presta -.-

Aquilo que vocês vão dizer quando acabarem de a ler:

-"Err... não presta?" --- resposta CORRECTA -_-



Ela está aqui?
(não olhes, por favor, não olhes)
Ela está aí?
(não olhes, por favor, não olhes)
Eu sinto-a olhar-me discretamente, suavemente, fingindo não me odiar
E eu olho discretamente, rapidamente, sentindo-me sufocar
Porque está aqui?
Porque me persegue?
Porque me atormenta e afugenta?
Mas ela continua aqui sem se afastar
Vivendo (?) para me ver sangrar
E por isso continuo aqui a chorar
Sem me conseguir lembrar
(não olhes!)
do seu olhar
oh, porque eu não o consigo enfrentar
E oiço a voz continuamente a gritar
Pedindo para não me voltar (olhar)
Mas não é a voz dela que me tenta salvar
É a voz de um corvo perdido ao luar
"Não olhes, por favor, não olhes" continua ele a grasnar
E eu continuo a escutá-lo
Enquanto o olhar dela tenta silenciá-lo
E eu não a vejo...
Eu não vejo os seus olhos amaldiçoados
Eu tenho medo...
E protejo os meus olhos dilacerados
Eu sinto-a, eu sinto-a me tocar
Enquanto continua a implorar
Para me voltar e a encarar
"Não olhes!" grita o corvo sem parar
Mas eu não a consigo ignorar
Por isso calo o corvo feito de luar
E eu estou sozinha...
Perdida neste lugar
Sozinha com ela que só me quer matar
Viro-me lentamente
Tão discretamente
Pedindo secretamente
Que alguém me venha resgatar
(não olhes, por favor...) sinto o eco no ar
Enquanto a sinto sorrir
Enquanto sinto as lágrimas cair
Encaro-a novamente
Quem disse que não a tinha visto anteriormente?
Ela é o meu pior medo
Ela é o meu segredo...
E ao olhar
(("não olhes"))
aqueles olhos terríveis
Com os meus olhos sensíveis
Ao olhar
(("por favor"))
aqueles olhos tão conhecidos
aqueles olhos tão parecidos
Com passados e ódios distantes
Com vidas e medos exangues
O espelho começa a rachar
E com isso desaparece o seu olhar...

"Err... Não presta!" -- Resposta CORRECTA



P.s - as referências ao corvo e ao que ele diz ("não olhes") são baseadas num livro espectacularmente genial chamado "O corvo" (duhh xD) de J. O'Barr

P.s2- não se preocupem que a minha capacidade de apreciação e aconselhamento literário é imensamente superior á minha habilidade para escrever qualquer coisa minimamente decente.

 
Cartas para ninguém... © 2008. Design by Pocket